quarta-feira, 30 de setembro de 2020

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

Segundo Pough et al. (1999), sessenta e nove por cento da superfície terrestre está coberta por água doce ou salgada, sendo a maior parte dessa água formadora dos grandes corpos oceânicos, e a menor porção dela (cerca de 0,01%) formadora dos sistemas fluviais e lacustres existentes no planeta.

Pough et al. (1999), ainda coloca que as águas límnicas são de uma riqueza biológica extraordinária, sendo os rios e lagos hábitats complexos com histórias relativamente curtas na escala tempo geológico, mas com tempo de existência suficientemente longo para que os processos evolutivos ocorram em tais drenagens isoladas.

A água doce comporta um total surpreendentemente alto, cerca de 8.500 espécies (mais de 40%), a maioria nos vastos sistemas de rios e lagos tropicais (Cohen apud Lowe – McConnell, 1999).

De acordo com Vari e Malabarba (1998) a fauna de peixes de água doce da América do Sul é uma das mais diversificadas e complexas, existindo inúmeras lacunas no seu conhecimento biológico.

 A grande extensão territorial de suas bacias hidrográficas, aliada à idade geológica da região, propiciou um grande processo de irradiação evolutiva, baseada numa grande diversidade de hábitats e nichos ecológicos (Bohlke et al, 1978).

 Apesar das estimativas quanto ao número de espécies existentes em ambientes de água doce, apenas cerca de 2.400 já foram descritas (Lowe – McConnell, 1999) o que serve para ilustrar a carência de conhecimento a respeito da nossa ictiofauna.

Os referidos autores comentam ainda que a integridade física, química e biológica dos corpos d’água tem sido continuamente ameaçada e, em alguns casos destruída. O conhecimento da situação original de tais ambientes, antes de qualquer perturbação, não está disponível na maioria das vezes, e os estudos atuais são quase sempre conduzidos em sistemas sujeitos a algum grau de modificação.

Araújo (1996) traz que o conhecimento dos peixes de água doce do Brasil ainda é incipiente, apesar de possuirmos um dos maiores conjuntos de bacias hidrográficas do mundo e com maior diversidade de espécies. Cada bacia possui sua própria fauna, com maior ou menor número de espécies semelhantes devido a fatores ecológicos, zoogeográficos, históricos ou mesmo pela influência do homem através de programas de repovoamento ou introdução de novas espécies.

Segue abaixo alguns registros feitos no andamento do monitoramento da ictiofauna: 



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